Projeto

As ferramentas virtuais estão revolucionando a forma como as informações geológicas são adquiridas na superfície terrestre, permitindo a extração e integração de grandes volumes de dados 1d, 2d e 3d [1,2,3,4].



Esses dados são utilizados para a construção de modelos da Terra, em variadas escalas e resoluções [5,6,7].



Modelos virtuais 3d texturizados de afloramentos – Modelos Virtuais de Afloramento ou MVA, são projeções 3d foto realistas da superfície de afloramentos rochosos com resolução milimétrica a centimétrica [1,2,3,4,8,9,10,11].

Ensino e Pesquisa em Geociências

Os modelos permitem a análise das relações geométricas e cinemáticas entre rochas e estruturas geológicas expostas na superfície terrestre, auxiliando a pesquisa e o ensino em geociências.

As principais vantagens do uso de modelos 3d texturizados em geociências são:


(i) a possibilidade de obtenção de grandes volumes de dados;

(ii) a possibilidade de visualização de objetos geológicos de diversas posições, usando telas ou sistemas de imersão em realidade virtual;


(iii) a análise geológica de áreas inacessíveis ou com alto risco geológico;

(iv) a extração de informações de forma automática, assistida ou manual;


(v) a possibilidade de integrar dados 1d, 2d e 3d permitindo a rápida quantificação geométrica e cinemática entre feições geológicas;

(vi) a construção e o compartilhamento de modelos geológicos, entre outros.



Amostras e acervos de museus podem ser digitalizados em 3d, permitindo a replicação e o armazenamento e o compartilhamento digitais.


Ortofotomosaicos de alta resolução podem ser produzidos a partir de modelos virtuais 3d texturizados.

Panoramas esféricos mostram a vista de uma única localização abrangendo 360º na horizontal e 180º na vertical.


Todos esses materiais são compilados de forma ordenada para compor roteiros virtuais com temas definidos.


Atividades de campo são fundamentais para analisar e coletar minerais, rochas e estruturas geológicas, portanto são indispensáveis em programas de Geologia. Não existe substituto para as atividades de campo, pela experiência sensorial de manipulação física de amostras e instrumentos de análise e medidas, e pelo conhecimento e experiencia adquiridos na análise e catalogação de informações nos pontos de campo (afloramentos). Contudo, a quantidade de horas em campo é limitada e, consequentemente, o número de afloramentos que podem ser visitados. Além disso, muitas localidades são inacessíveis ou podem oferecer riscos naturais as atividades de campo. Em programas de Geologia, as atividades de campo dependem de fatores didáticos, de segurança, logística, climáticos, de legislação e financeiros, que muitas vezes são empecilhos para o pleno desenvolvimento das atividades [12,13]. A disponibilização de materiais virtuais tem um alto potencial para aprimorar o ensino–aprendizagem em geociências, no ensino fundamental, médio e superior. Os modelos virtuais 3d de afloramentos, amostras de minerais, rochas e fósseis, são produtos digitais que podem ser compartilhados e visualizados em qualquer região da Terra.